sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Emprego em Portugal

Será que vale a pena?
Correr atras de um emprego, sem nada conseguir.
Estar-se sujeito ao gozo alheio,
Só porque se querem divertir.
Quantas vidas são precisa?
Para que o humano entenda?
Quem hoje é vincido,
pode ser que amanhã vença.
Será que o meu semelhante,
se acha assim tão importante.
Para ter a certeza,
de tamanha impunidade?
Hoje, posso estar a precisar,
mas, e amanhã?
É extremamente triste,
quando se procura um emprego.
Quando se faz uma selecção de despiste,
e o candidato se confunte com um cavalo.
Primeiro há os afilhados,
seguidos pelos familiares,
depois temos os primos e amigos
e para finalizar?
acabaram-se as vagas para empregos.

Vivemos numa quinta?
Há já sei, é a feira do cavalo que ai vem.
Será que o animal tem os dentes bonitos?
Será que o pelo foi bem lavado e escovado?
Espera lá amigo,
o animal está gasto e envelhecido.
Já sei,
faz-lhe uma trança com a crina,
não esqueças de la meter uma fita colorida.
O preço?
Tenta um médio,
o importante, é ganhar facilmente este dinheiro.

Mas, como vou vender o animal?
A lista de espera é enorme.
Não ha crise, não faz mal,
suborna o vigilante.

Há pois é,
onde tinha eu a cabeça.
Viva a República,
e a bela da banana.

Trabalhar?
Deve tar tudo louco.
O belo do dinheiro,
só existe para quem o sabe ganhar.
Mas podes continuar a trabalhar,
Vai, eu não me importo.

Ó tu ai?
trabalhar?
é para quem pode,
serás tonto?
Ou sabes roubar,
ou morres à fome.

Mas eu sou honesto, quero trabalhar.

Pois queres um animal em vias de extinção,
não tas a ver bem a coisa.
Trabalho não há,
e podes roubar.
este pais tem particularidade,
vou passar a explicar:

Se és criminoso podes contiuar,
a autoridade não pode actuar.
Se trabalhas, resume-te,
mais que trocos não ganhas e não te podes queixar.
Se não trabalhas, tens os subsidios,
ás assistentes sociais enganas e ainda és um anjinho.
Mas se fores daqueles que é realmente honesto e desempregado?
Paciência meu bom amigo,
trata da tua última vontade pois tens um tempo de vida reduzido.

Mas, vão-me matar?

Não, meu amigo,
para que ter esse trabalho?
À fome morrerás,
por uma oportunidade que não terás,
e depois de tudo ter perdido.

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